Quando eu saía da adolescência, no final dos anos oitenta, participei como militante político e eleitor da primeira eleição presidencial direta para Presidente da República no Brasil, após a redemocratização. Era 1989, e dos vários candidatos a participar da eleição restou a polarização que ficou entre Fernando Collor, do extinto e minúsculo PRN (Partido da Reconstrução Nacional) e Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Eu tinha apenas 18 anos, era estudante secundarista prestando o vestibular, na incerteza de ingressar na universidade e tinha a vontade de mudar o mundo como muitos jovens da minha época. Lembro que aquela polarização entre dois candidatos, no segundo turno da eleição presidencial, tornou-se algo passional, apaixonado, digno de adeptos de uma religião ou de integrantes de uma torcida de futebol. Como diria o filósofo Jean-Jacques Rousseau três séculos antes, o movimento cívico das eleições e o frenesi em torno da defesa dos candidatos tornou-se uma "religião civil".
Como eu era integrante da Juventude Socialista, vinculada ao recém legalizado PC do B (Partido Comunista do Brasil), era natural ter embates com aqueles que eu achava que representavam a Velha Direita no Brasil. Apesar de participar das reuniões da UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), diferentemente da maioria dos militantes estudantis da época, eu já não estudava em escola pública, não era aluno da antiga Escola Técnica (instituição de ensino de onde saíram muitos militantes estudantis do período), e sim estudava em um colégio de padres, frequentado por filhos da burguesia da cidade, reduto da classe média alta local. Apesar da origem proletária (o pai marinheiro e a mãe filha de agricultores pobres), eu estudava com alunos pequeno-burgueses, que tinham um estilo e concepção de vida bem diferentes de mim. Naquela época, na paixonite entre Lula e Collor, não foi difícil perceber que, entre um e outro, diante daquele reduto de "mauricinhos" e "patricinhas", eu seria minoria.
Minha experiência com a dicotomia entre esquerda X direita, portanto, vem desde a juventude. Hoje, maduro, após mais de duas décadas, vejo na eleição que se avizinha, em 5 de outubro, uma realidade não muito diferente daquele Brasil da minha pós adolescência, que redescobria a democracia depois de vinte anos de ditadura militar. Os atores políticos e partidos podem ser outros (ou nem tanto), mas, para mim, a distinção ideológica persiste apesar do tempo. Afinal, para os que acreditam que somos todos de centro, estamos hoje no século XXI, e não mais no atrasado século XX, dirão alguns; e a sociedade de hoje com internet banda larga em todo canto, celulares, tablets, TVs digitais e smartphones, seria muito diferente daquela civilização analógica, perdida no tempo, que fazia campanhas eleitorais vendendo chaveiros, camisetas e buttons. Creio que não.
Se hoje vemos uma democracia brasileira mais amadurecida, após sucessivas eleições, com a passagem de três ex-presidentes com mandados longevos (Sarney, Fernando Henrique Cardoso e Lula), até chegar a atual governante, Dilma Roussef, e o impeachment no segundo ano de mandato do primeiro presidente democraticamente eleito após a redemocratização (Collor apeado do poder em 1991, com o apoio da mídia e dos manifestantes "cara pintadas" e sua consequente sucessão pelo vice, Itamar Franco), acredito que ainda vivemos hoje uma disputa entre direita e esquerda, tão bem descrita historicamente e filosoficamente pelo pensador italiano Norberto Bobbio, em seu livro "Direita e Esquerda-razões e significados de uma distinção política" (Editora Unesp). Ainda temos, segundo Bobbio, uma direita conservadora e uma esquerda progressista, mesmo que, em termos de discurso, muitas vezes nos confundamos no Brasil quanto à pretensão política desse ou daquele candidato, seja pela vontade dele de aparecer mais conservador em matéria de costumes e moralidade, ou mais progressista em temas sociais e de inclusão econômica. Apesar de alguns criticarem essa dicotomia por considerá-la ultrapassada, face a diversidade de correntes de pensamento e opinião em sociedades complexas, pós-industriais e urbanizadas como as do século atual, eu entendo que ainda é possível ver, com clareza, quem é quem no processo ideológico nacional.
Para isso, recomendo aos incrédulos, duas obras interessantes, leves e fáceis de ler, tanto pela pequena quantidade de páginas, quanto pela capacidade de síntese de seus autores. O primeiro livro, "A esquerda que não teme dizer seu nome", é do filósofo, professor da USP e colunista do jornal Folha de São Paulo, Vladimir Saflate, que dá um diagnóstico do pensamento ideológico de esquerda brasileiro, diante da nova realidade e dos novos desafios da globalização e do liberalismo, principalmente após as crescentes manifestações populares e juvenis que ocorreram ao redor do mundo e no Brasil, desde o Occupy Wall Street nos Estados Unidos, até as recentes "Jornadas de Junho", capitaneadas nos grandes centros urbanos por movimentos como o "Passe Livre". Outra obra que serve de destaque para a polarização ideológica e política vista hoje no Brasil, pode ser a interessante compilação de artigos, "Por que virei à direita", escrita em seis mãos, pelo intelectual português João Pereira Coutinho, pelo filósofo e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Luiz Felipe Pondé e pelo cientista político e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Denis Rosenfield. Em ambas as obras é possível ver a preocupação dos autores de descortinar qual horizonte ideológico estamos falando, persistindo a ideia de que a velha dicotomia política entre esquerda e direita ainda existe, mantendo seus traços identificadores principais, apesar dos disfarces ou facetas que podem assumir essas concepções com o passar do tempo.
Quanto à confusão do eleitor nessa percepção de saber quem é quem no espectro político, a meu ver; na minha opinião, temos uma explicação histórica quanto a isso. No Brasil, sob o manto do nacionalismo, o refúgio da brasilidade, víamos inicialmente com certa desconfiança determinadas categorias políticas que definiam partidos e agremiações no mundo afora. A busca da construção de uma identidade nacional de povo outrora colonizado, mediante a proclamação da Independência por Dom Pedro I, em 1822, num período em que erigimos um sistema político totalmente diferenciado das repúblicas que se desenvolviam nos países latino-americanos vizinhos (no processo de independência permanecemos uma monarquia nacional, dependente de um imperador que, na verdade, também era monarca de Portugal), fez com que, num primeiro momento da história nacional, repudiássemos em parte o ideal iluminista e rousseaniano de democracia popular, que se tornou a base de inspiração dos movimentos de esquerda no século XIX, antes do advento do marxismo. Vivíamos, posteriormente, sob a égide de Dom Pedro II, uma época dividida ideologicamente entre "amigos" e "inimigos do rei", onde os liberais eram monarquistas, enquanto que no hemisfério norte o liberalismo abraçou o princípio republicano. Dentre os movimentos progressistas (traço identificador da esquerda), tivemos abolicionistas, como José do Patrocínio, que eram monarquistas. Na distinção, portanto, entre monarquistas e republicanos, já era difícil definir quem era de esquerda e de direita.
No século XX, com o surgimento tardio da República, proclamada apenas uma década antes no século anterior, tivemos que recompor os cacos de nossa tradição monárquica, resgatando num primeiro momento os primeiros traços de um autêntico movimento de direita: o conservadorismo. A manutenção de práticas clientelistas e fisiológicas, semifeudais, nas relações políticas, principalmente no grotões de grandes regiões onde agentes do Estado eram nomeados conforme indicações de chefes oligárquicos, pode servir como pista de onde a direita brasileira se originou, nos primórdios do Brasil republicano. O respeito à tradição e a defesa da família, como traços característicos do movimento conservador, destacam que a direita brasileira sempre esteve aqui, e ainda está presente no atual processo eleitoral que se desenvolve em todo o país.
Mas e quanto aos liberais? Desde a monarquia, como eu disse há pouco, vemos que os liberais apareceram meio que timidamente no cenário político nacional, para depois, somente num Brasil da segunda metade do século XX, industrializado, destacaram-se com mais força. Recentemente, um dos grandes próceres do liberalismo brazuca faleceu, o empresário Antonio Ermírio de Morais, dono do grupo Votorantim. Juntamente com o também falecido economista Roberto Campos, Morais e o ex-ministro Delfim Netto representavam a fina flor da direita liberal no país. Se, nos anos cinquenta, o governo de Juscelino Kubstichek foi o grande representante das ideias liberais no país, com sua defesa da abertura econômica, desenvolvimento da indústria automobilística em detrimento do transporte público, anos depois, o Brasil do livre mercado e da tecnologia desenvolveu-se através das políticas adotadas por um homem com um rico passado de esquerda, e que passou para a história, na verdade como o grande representante do neoliberalismo no país: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e suas privatizações. Com o passar dos anos, portanto, os neoliberais se tornaram, ao menos na última década do século passado, os grandes representantes da direita no Brasil.
O traço semelhante entre liberais e conservadores é sua aversão ao intervencionismo estatal. Na verdade, conservadores gostam do Estado, desde que ele não interfira nas práticas tradicionais, e nem intervenha sobre a família. A recente aversão conservadora às políticas de reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo até propostas de regulamentação do chamado "casamento gay", para os conservadores são uma verdadeira declaração de guerra estatal ao movimento conservador, tendo como alguns de seus principais representantes os deputados Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, e o deputado e pastor Marco Feliciano, em São Paulo. Já entre os liberais, mais do que costumes e moralidade, o que é mais emblemático na sua crítica ao Estado se dá no âmbito da intervenção econômica. Liberais são defensores de um Estado mínimo, que interfira o mínimo possível no mercado, lembrando as lições do filósofo inglês Adam Smith, no século XVIII, na defesa de sua "mão invisível" na economia, da obra "A riqueza das nações". Na defesa do lucro e da acumulação capitalista, assim como os conservadores, liberais entendem a desigualdade social como algo natural numa sociedade, onde a existência de privilegiados é derivada das regras da livre concorrência, e daqueles que se adaptaram melhor às contingências do mercado. Numa frase, para os liberais: o mundo é dos mais competentes. A meritocracia aproxima liberais e conservadores dentro do universo político da direita.
Outro traço que agrega no mesmo campo conservadores e liberais como indivíduos de direita é no âmbito da defesa paradoxal do Estado máximo, no âmbito da segurança pública, enquanto que nos demais aspectos o Estado deveria ser mínimo. Se ao Estado compete principalmente o zelo pela coisa pública e a manutenção da propriedade, tanto para liberais quanto para conservadores compete ao Estado oferecer a garantia constitucional da segurança, utilizando fortemente de seu aparato repressivo contra eventuais infratores. No âmbito da criminologia, o pensamento liberal clássico defendia a ideia de que o crime era resultante do livre arbítrio do criminoso, que, literalmente, escolhia o caminho do crime, ao invés de se sujeitar às normas de uma sociedade. Portanto, nada melhor para o infrator do que a solução penal, defendendo liberais e conservadores através de candidatos e partidos identificados ou assumidamente de direita, a defesa das teses de introdução da pena de morte no Brasil, redução da maioridade penal, maior severidade das penas, e, consequentemente, um maior encarceramento.
Entretanto, recordo aqui da feliz observação do jornalista, assumidamente de direita, Reinaldo Azevedo, da revista Veja, em uma de suas entrevistas do ano passado, quando comentava as recentes manifestações populares no Brasil. Segundo ele, "a diferença entre esquerda e direita é que, na direita há uma distinção de natureza, enquanto que na esquerda a distinção é somente de grau". O jornalista e intelectual brasileiro quis defender a tese de que, enquanto que no espectro da direita liberais e conservadores seriam altamente diferentes, apesar de ser aproximarem em temas comuns, no universo da esquerda, marxistas, anarquistas e sociais-democratas seriam, na verdade, a mesma coisa, uma farinha do mesmo saco defendendo um Estado máximo e menor liberdade individual. Os direitistas seriam, na verdade, libertários na defesa da livre escolha individual diante do coletivismo autoritário dos esquerdistas. Assim como no âmbito na esquerda, apegada à utopia da igualdade social (ou de classes), existe certo grau de romantismo, a meu ver, os defensores das teses da direita também teriam uma visão romântica da sociedade, acreditando simplesmente que a sociedade seria formada por homens livres, produtivos, independente de sua condição econômica, e que por conta dessa liberdade não poderiam eles (ou suas famílias) serem importunados por outros grupos sociais ou por um ente estatal.
Enquanto isso, conforme minha impressão e estudos, esquerdistas defenderiam transformações profundas na sociedade, que podem, num jargão marxista, ser tanto infraestruturais quanto estruturais. Quero dizer que pode ser definido de esquerda tanto alguém que se limita, no âmbito dos costumes, a defender a redefinição de unidade familiar, como os defensores das uniões homoafetivas, como alguém que redefine o conceito de vida humana, a ponto de não considerar crime quem, por vontade própria, interrompe a concepção de uma vida intrauterina, como se dá no caso dos defensores do aborto. Por outro lado, posso ter um militante antiabortista que defenda a legalização de substâncias consideradas ilícitas e rejeitadas pelos conservadores, como a maconha, ou ser abstêmio no consumo de substâncias psicotrópicas e defender uma alteração real dos rumos da sociedade a partir de sua estrutura econômica, propondo uma revolução armada, com a deposição de uma classe social e a ascensão de outra, como discursam os defensores da luta de classes, vinculados ao pensamento marxista.
De qualquer forma, se, na direita, temos liberais e conservadores; na esquerda podemos situar um ambiente onde convivem reformistas e progressistas. Os primeiros defendem uma transformação social ao menos cosmética, com a adesão progressiva e paulatina de programas sociais que se não eliminam, ao menos reduzem a desigualdade e promovem uma maior redistribuição de renda, com a adoção de políticas assistencialistas, muito associadas com a oferta de benefícios estatais, como o bolsa-família. Já uma esquerda mais revolucionária, capitaneada por partidos com ideologia mais extremista, de linha trotskista, como o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), defende ainda uma revolta ou revolução proletária, com a destruição dos pilares da ordem burguesa, conferindo à via eleitoral um mero expediente para uma grande luta revolucionária futura. Já os anarquistas, muito mais avessos a ideia de Estado, diferente dos liberais pregam uma sociedade autossuficiente, onde prevaleça uma autogestão dos serviços públicos a partir do controle direto da própria sociedade civil. Tachados muitas vezes de utópicos, militantes socialistas e anarquistas podem ser encontrados em quase todos os levantes populares, sendo muitas vezes responsabilizados por atos violentos, tais como os militantes black blocs, última novidade de tática política empregada nas recentes manifestações de junho, caracterizada pela presença de militante mascarados, vestidos de preto, que reagem à intervenção policial em grandes protestos, acusados em sua maioria da prática de atos de vandalismo.
Se, de um lado, no âmbito da direita, temos um universo entre liberais e conservadores, e no território da esquerda, temos entre os socialistas, de sociais-democratas a bolcheviques, até chegar nos anarquistas, como, então, definir as três principais candidaturas que se apresentam ao eleitorado, nas eleições presidenciais do dia 5 de outubro próximo? Se temos a candidatura à reeleição da presidente Dilma Roussef, do Partido dos Trabalhadores, histórico representante da esquerda política na redemocratização, temos também Marina Silva, egressa do PT com mais de vinte anos de militância, que após um tempo entre os ecologistas tornou-se estrela do PSB, partido que no nome carrega o epíteto de socialista. Da mesma forma, no PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), temos o mineiro Aécio Neves pilotando o carro da oposição, afirmando em termos de sigla que seu partido tem um programa social-democrata. Ora, entre trabalhistas, verdes, socialistas e sociais-democratas, não tem ninguém de direita??
Acredito, piamente, que tão somente por estratégia eleitoral os atuais candidatos não se identificam de pronto, para o eleitor, como sendo de direita ou de esquerda. O partido político ou candidato pode não se identificar, mas os eleitores certamente apresentam sua identidade ideológica quando se manifestam em pesquisas de opinião, ou proferem suas ideias ou comentários em redes sociais. Hoje em dia basta dar uma pequena navegada na internet, para ver comentários dos mais díspares, mas todos unidos entre si pelos mesmos compromissos políticos alinhados ora com as teses do conservadorismo e do liberalismo, ora com posicionamentos mais socialistas, esquerdizantes.
Entendo que, num regime democrático, o debate entre direita e esquerda, apesar de às vezes efervescente ou nem tão educado, seja salutar. Como homem assumidamente de esquerda, tenho amigos nos mais diversos horizontes políticos, e mesmo aqueles que preferem ser tachados tão somente de alienados, sem querer professar opinião política alguma, são muito bem vindos! Prefiro um direitista sincero e um esquerdista apaixonado do que um falso democrata! Acredito que, ao conhecer melhor os principais pensadores, teóricos e filósofos de ambos os espectros políticos, e a história dessas duas tendências de pensamento sobre os rumos da sociedade, consigamos obter uma síntese que seja válida para ambos os lados. Acredito na importância dos conservadores para impedir que as mudanças sejam irresponsáveis ou precipitadas, assim como reconheço o mérito dos liberais em defender a capacidade de arbítrio e a criatividade da livre iniciativa; mas entendo que os socialistas são fundamentais, para que nossa sociedade não se torne tão egoísta a ponto de achar normal a desigualdade, e até mesmo contribuir para sua manutenção ou acentuação.
Enfim, creio que o melhor para aqueles que se interessam pelo debate seria ter a franqueza de defender Aécio pelo seu liberalismo, ou preferir Marina pelo seu conservadorismo, ou não votar em Dilma por acreditar que ela não seja progressista, ou votar por entender que seu assistencialismo e intervencionismo é bom para reduzir a desigualdade, mesmo que não transforme a sociedade, como acreditam os que votam em Luciana Genro ou Eduardo Jorge. Quanto a mim, peço apenas aos amigos que pensam diferente, que se manifestem da forma democrática e amistosa assim como estou me manifestando, às vésperas de um fato histórico tão importante como nossa eleição presidencial. Se são de direita ou de esquerda, ao menos vistam a carapuça sem medo de assumir uma posição política definida. Afinal, isso faz parte da democracia, e que seja ela sempre muito bem vinda!!!
Muito bem fundamentado o texto, é a primeira vez que não sei em quem voto e nem consigo formar uma opinião sobre os candidatos, esta pior do que nunca!
ResponderExcluirSe quiser visitar: http://serfelizefacil.blogspot.com.br/ :D
Olá, Jéssica. Vou visitar seu blog sim. Seja bem vinda com seus comentários.
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