Engraçado! Foi numa lanchonete, no fim de noite, comendo um sanduíche, que reparei na minha mais nova musa no mundo da música, que me conquistou no primeiro momento que ouvi sua voz. Apesar da fome, parei até de comer meu sanduíche, quando na lanchonete onde estava, perto de casa, tinha um telão onde passavam clipes tirados da internet, e gravados da MTV ou do canal Multishow, e lá pude ouvir uma jovem cantora inglesa, mostrando seus dotes vocais num single que hoje é tocado à exaustão nas rádios. Estou falando de Adele, e a música que ela canta chama-se Rollin in the Deep.
Adele é o nome dela. Uma cantora inglesa ruivinha e gordinha, de apenas 22 anos, que apesar de sua cara de anjo, quando solta a voz parece a mais negra e calejada das cantoras de soul ou jazz. Não exagero quando digo que Adele tem a voz de uma cantora negra, e de como nos últimos anos, a Grã Bretanha vem exportando com perfeição, uma plêiade de cantoras jovens, belas e de voz que lembra aquelas cantoras de New Orleans, do começo do século passado, tais como Amy Winehouse e Joss Stone. Mas Adele parece fazer a diferença!

Quanto a Gaga. É necessário um breve comentário a essa cantora norte-americana, a contraparte dos EUA à música feminina difundida na Inglaterra, e que serviu para torná-la a sucessora da rainha de todas as divas pop dos últimos anos: Madonna. Admito que Stephanie Germanotta (nome verdadeiro da cantora. Também, com um nome desses, tinha que se tornar Gaga, mesmo!) tem lá o seu talento, quando passou a difundir música muito mais através da imagem, do que do som. Lady Gaga foi uma das cantoras que voltou a apostar na estética do videoclipe, um pouco abandonado com a chegada da internet, mas foi essa mesma internet que tornou Lady Gaga uma cantora poderosa, celebrizada como ídolo cult e objeto até de teses acadêmicas. Curto os clipes, o visual erótico-psicodélico da cantora, e o ritmo dançante de sua batida disco meio trivial, mas não compraria um disco de Lady Gaga. Até porque não preciso! É só baixar as que acho mais interessantes pela internet e tocar no rádio (até pra agradar minha esposa, que adora ouvir Lady Gaga).
Agora, quando se trata de ouvir cantoras cujo repertório dá pra fazer uma coleção. Aí, não dispenso, orgulhoso, os álbuns cujas capas posso estender na minha estante, montar minha própria discoteca, e escutar por várias horas canções maravilhosas, de vozes femininas poéticas (de preferência, sorvendo um bom vinho). Por isso que a música de Adele tanto me conquistou: pela suavidade, frescor, uma certa pureza oriunda não apenas de uma voz, mas de um espírito angelical, tratando das dores do mundo, do sofrimento do amor perdido e das dores de ser mulher, como Adele canta. É! Pra alguns que me chamem de exagerado, acho que Adele é a nossa Maísa inglesa. Ouvi-la é tão bom quanto minhas outras musas, que adoro escutar as canções, como Sara Mclahalan, Bjork, Tori Amos, Diana Krall, Dido, Elis Regina, Rita Lee, Gal Costa, Julieta Venegas e tantas outras, que agora me foge a memória. Pra se ter uma ideia, é só escutar a singela canção Turning Tables, pra entender o que eu estou dizendo, ou então escutar a magnética Someone like You ou a swingada Rumour Has It para entender porque a música de Adele está conquistando o mundo. Não se trata de uma conquista agressiva e selvagem, como Lady Gaga fez, quase a forcéps (e com calcinhas de mais e potência vocal de menos), ou da forma meteórica como Amy Winehouse alcançou o estrelato. Na verdade, a música de Adele começou a se impor de forma gradativa, tímida, discreta, assim como parece ser a própria cantora, mas de maneira definitiva e eficaz.

Talvez o sucesso precoce contamine essa jovem e promissora artista. Talvez não! Alguns críticos já comentaram o desempenho de Adele a de outras cantoras que, pós-adolescentes, conheceram o sucesso e marcaram uma geração, como Alanis Morrisseti, nos anos noventa, mas depois perderam o rumo e a criatividade com discos ruins ou de baixa vendagem, ao passarem dos trinta anos. Pode ser que a cantora gordinha, com cara de anjo e que fala de ex-namorados em suas canções também seja uma febre passageira. Quem sabe?! O futuro a Deus pertence! Mas como bom amante de música e tendo em casa coleções e mais coleções de CDs, só posso dizer que em CD, em algum arquivo de computador, ou em meu pendrive, jamais me esquecerei da voz e da música de Adele, assim como não me esqueço de muitas outras que, pela voz, também conquistaram meu coração. Agora, deixem-me aqui ouvir o disco 21, mais uma vez. Apertei a tecla play! Até a próxima, pessoal!
ela é muito perfeita e avoz dela é linda
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