quarta-feira, 11 de maio de 2011

FATO HISTÓRICO: Bin Laden it's over!! Na troca das letrinhas, agora é Obama ao invés de Osama!


Osama! A cara do mal durante dez anos!
 Quem foi em criança em 2001 ou nasceu no começo do século já deve ter convivido nas aulas escolares, nos comentários de seus pais ou de adultos, na televisão ou em jogos de videogame, com o fantasma de Osama Bin Laden. Desde os atentados terroristas nos EUA em 2001, com a destruição das Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e as cenas até hoje espetaculares, de um avião se projetando contra um dos prédios como se fosse um míssil, havia se construído um sentimento universal de vingança, viabilizado no discurso globalizado de Guerra ao Terror, através do governo de George W. Bush.

Os atentados das Torres Gêmeas por autoria de seu principal mentor,Bin Laden,  líder da Al Qaeda, inauguraram definitivamente o novo século e também muito coisa ruim que apareceu depois disso. Se na segunda metade do século passado, viveu-se por mais de quarenta anos o clima pesado da Guerra Fria, com todos os conflitos dela resultantes (Guerra do Vietnam, terrorismos, ditaduras, revoluções), a primeira década do século XXI foi marcada pela luta contra o terrorismo, pelo discurso do inimigo oculto, e pelo retorno de práticas arbitrárias, sob o pretexto de renunciar aos direitos de liberdade em prol de uma maior e mais necessária segurança. Com sua tradição belicista, os Estados Unidos envolveram-se em duas guerras (Afeganistão e Iraque), fizeram eclodir no âmbito interno do espírito americano, uma nova direita religiosa, extremamente reaçonária e semifascista, além de fazer recrudescer os conflitos no Oriente Médio, seja no Iraque ou na já tradicional e horrorosa escaramuça entre israelenses e palestinos. Durante todo esse período, como uma espécie de "Che Guevara do mal", Osama Bin Laden pairou dominante, como um espectro nefasto de tudo o que o fundamentalismo islâmico, o militarismo beligerante ou a mera bandidagem internacional  voltada para o tráfico de armas, podiam fazer.

Eis que o mundo é surpreendido pela notícia, esta madrugada, através de um presidente cujo nome só se diferencia do homem mais procurado pelas forças de segurança estadunidenses por uma letra: Osama Bin Laden is dead!! Numa operação que envolveu as centrais de inteligência norte-americana e paquistanesa, além do emprego de um efetivo militar preparado para matar, foi invadida uma mansão próxima a Islamabad (capital do Paquistão), e lá foi encontrado e morto, Bin Laden, além de parte de seu séquito de apoiadores fanáticos e tão perigosos quanto seu líder. O saldo da operação: além da morte de Bin Laden, perdeu a vida um de seus filhos, e, segundo as agências de notícia, uma mulher que supostamente foi usada como escudo humano. Além da morte do principal inimigo da nação norte-americana, foram presos outros filhos de Bin Laden, acompanhados de suas esposas, que, com certo grau de certeza, deverão agora passar por severas humilhações, quiçá sessões de tortura, em alguma prisão militar no Afeganistão ou em Guantánamo. Na atual semana, na guerra de versões, revelou-se, na verdade, que Osama não usou uma mulher de escudo, e sim u uma de suas esposas partiu em direção dos soldados americanos, assim que eles entraram no quarto do terrorista, tentando impedir a sua morte e foi alvejada na perna. Agora o que se discute no Paquistão é o que será feito das mulheres de Bin Laden capturadas. Serão torturadas, já que se tratam de inimigas na Guerra ao Terror?

Aponta-se o atual presidente norte-americano, como o grande vencedor da caçada humana, que resultou como butim, a cabeça crivada de balas do terrorista saudita, ressucitando sua popularidade, despencada desde a crise econômica e por erros políticos que já foram comentados neste blog. Enquanto isso, a mídia brasileira se digladia, com as revistas Veja (da oposição) e Carta Capital (da situação) com versões diferentes acerca da existência ou não de um núcleo de terroristas da Al Qaeda situados no território brasileiro. Será que além de insanos atiradores de colégio, teremos como triste inovação primeiro mundista os nossos próprios ataques terroristas? Ou será que aparecerão novos Jean Charles, agora em Terra Brasilis, pela insanidade do discurso alarmista dos donos do poder? Quem viver verá! De preferência, sem levar um tiro no peito ou na cabeça!

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